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domingo, 1 de março de 2009

Poesia Popular.




Tudo ao contrário

O menino do contra
queria tudo ao contrário:
deitava os fatos na cama
e dormia no armário.

Das cascas dos ovos
fazia uma omeleta;
para tomar banho
usava a retrete.

Andava, corria
de pernas para o ar;
se estava contente
punha-se a chorar.

Molhava-se ao sol,
secava na chuva;
e em cada pé
usava uma luva.

Escrevia no lápis
com um papel;
achava salgado
o sabor do mel.

No dia dos anos
teve dois presentes:
um pente com velas
e um bolo com dentes.

De: Luísa Ducla Soares

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