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quinta-feira, 7 de maio de 2009
Nudez .
nem ouro, nem prata.
árvore verde.
nu, esse teu corpo breve,
livre de sombras –
como no dia do baptismo.
ainda sem nome.
sem voz ainda –
e uma voz presente.
sem tempo,
propondo outro tempo
sem presente.
teu filho,
maior do que um rosto
quase escondido.
teu colo,
acolhendo o mundo inteiro –
o peso, a leveza,
a obscuridade, o brilho
da montanha.
não encontro negrume
nessa face.
somente a negra luz
do sal da terra,
no forno que aquece o coração.
fria, apenas a manhã
em que partimos –
o cume da manhã
sobre a nascente.
nem ouro. nem prata.
a cor e o calor da madeira.
os pigmentos dessa alma
hoje encobertos –
abertos neste livro
e neste lume.
Ruy Ventura.
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5 comentários:
Sísto estivesse sediado em Braga, ainda aparecia aqui alguém a apreender-lhe o post, sob pretextos pornográficos.
Manel, Boa noite.
Jinhos bué de grandinhos
R
Lindo poema bem escolhido
Adorei
um beijo
Bonito e bem escrito.
gostei...
beijos
AO OLHAR ESTE NÚ TÃO BELO,É VERTIGINOSA A CORRENTE DO PENSAMENTO,
SE FOSSE ÁGUA,ARRASTARIA PEDREGULHOS NO SEU CAUDAL,
TAL É A ENERGIA DO SEU MOMEMTUM...
-----DE COIMBRA.
Querido Manuel Marques,
É sempre uma imensa alegria aos meus olhos e coração visitar seu abençoado blog.
Poema maravilhoso, eu adorei!
Todas as postagens são belíssimas, parabéns!!
Amigo vim avisar que, lá no blog CelyLua, tem um Lindo Selo pra você meu anjo.
Deus abençoe você infinitamente.
Beijos de paz e poesias, rsrsrs.
Com apreço e carinho,
CelyLua, Amiga e fã das tuas postagens.
Muito obrigada!
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