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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Tempo emaranhado.




O tempo é uma corda esticada
Onde, lúgubres, se tangem os gemidos da minha alma.

O tempo é uma grande pedra a ser empurrada
Até ao cume do dia, mas o curto descanso do sono
Fá-Ia rolar de novo até à base da dormência.

O tempo é um ralo, onde se sorvem os sonhos desfeitos,
Onde se escoam os laivos da minha demência.

A breve trégua do sono é onde a dor recupera o fôlego,
E volta retemperada, voraz, com a sua bocarra hiante.

O tempo... o tempo é cada vez mais cinzento.

Pedro Mota

2 comentários:

r disse...

Cinzento?
Esteve um sol radioso...
pois, por aí, não terá sido.

Anónimo disse...

O TEMPO

DEUS PEDE ESTRITA CONTA DO MEU TEMPO,
É FORÇOSO DO TEMPO EU DAR CONTA;
MAS, COMO DAR SEM TEMPO TANTA CONTA,
EU QUE GASTEI SEM CONTA TANTO TEMPO?


PARA TER MINHA CONTA FEITA A TEMPO,
DADO ME FOI BEM TEMPO E NÃO FOI
CONTA.
-NÃO QUIZ SOBRANDO TEMPO FAZER CONTA,
-QUERO HOJE FAZER CONTA E FALTA TEMPO.

-OH!VÓS QUE TENDES TEMPO SEM TER CONTA
NÃO GASTEIS ESSE TEMPO EM PASSATEMPO:
-CUIDAI ENQUANTO É TEMPO EM FAZER CONTA.

MAS, OH!SE OS QUE CONTAM COM SEU TEMPO
-FIZESSEM DESSE TEMPO ALGUMA CONTA,
NÃO CHORAVAM COMO EU, O NÃO TER TEMPO...

(LAURINDO RABELO)

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