Seguidores
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Literatura.
sábado, 31 de março de 2012
Acasos
sexta-feira, 30 de março de 2012
sábado, 24 de março de 2012
"O amor não resolve nada."
O amor é uma coisa pessoal, e alimenta-se do respeito mútuo. Mas isto não transcende para o colectivo. Já andamos há dois mil anos a dizer isso de nos amarmos uns aos outros. E serviu de alguma coisa? Poderíamos mudar isso por respeitarmo-nos uns aos outros, para ver se assim tem maior eficácia. Porque o amor não é suficiente."
(José Saramago)
quarta-feira, 21 de março de 2012
Literatura
esta é a história de crisóstomo que, chegando aos quarenta anos, lida com a tristeza de não ter tido um filho. do sonho de encontrar uma criança que o prolongue e de outros inesperados encontros, nasce uma família inventada, mas tão pura e fundamental como qualquer outra.
as histórias do crisóstomo e do camilo, da isaura, do antonino e da matilde mostram que para se ser feliz é preciso aceitar ser o que se pode, nunca deixando contudo de acreditar que é possível estar e ser sempre melhor. as suas vidas ilustram igualmente que o amor, sendo uma pacificação com a nossa natureza, tem o poder de a transformar.
tocando em temas tão basilares à vida humana como o amor, a paternidade e a família, o filho de mil homens exibe, como sempre, a apurada sensibilidade e o esplendor criativo de valter hugo mãe.
domingo, 18 de março de 2012
É tempo, de não deixar passar o tempo...
"É tempo
que o mundo cinzento
se transforme num jardim de amor
que o céu de um Azul claro
raiado pelo Sol
suprima a minha dor...
É tempo
que esta máscara
corroída pelo tempo
volte a sorrir
num sorriso constante
para que te possa amar
e possuir...
É tempo
de não deixar passar o tempo
semear o teu jardim
germinar uma flor
suspirar no teu perfume
Abraçar o teu amor..."
sábado, 10 de março de 2012
Ilusão...
Deixo-me levar pela ilusão
engano os sentidos
a vida é um sonho
um derrame uma efusão
um desejo intenso vivo...
Sinto-te
nas minhas entranhas
o sonho é uma constante
faz parte de mim
do meu mundo imaginário
surreal distante...
Sem ti
fico mais triste
o meu espaço despovoa-se
a tua falta
priva-me abandona-me
Não, não é solidão
é saudade que já existe...
Solidão não é apenas
espaço físico
é também a ausência do perfume
das tuas palavras
da leveza da tua pena
o sentir das tuas mágoas...
quinta-feira, 8 de março de 2012
Literatura.
Sinopse
Um livro fundamental para os que nasceram em 1961! Poderia fazer-se tal afirmação. Mas 1961 ,o Ano que Mudou Portugal é também fundamental para os que viveram esse ano e para aqueles, mais novos, que querem hoje compreender o que representou esse momento irrepetível da história portuguesa.
1961 foi um ano surpreendente por várias razões: o desvio, com fins políticos, do paquete Santa Maria e de um avião da TAP; a oposição das Nações Unidas à política colonial de Salazar e a descoberta de que o governo de John Kennedy financiava os movimentos independentistas do Ultramar; o massacre de brancos em Angola, que deu início a treze anos de guerra que afetaram diretamente mais de um milhão de portugueses. Um ano que terminaria ainda com a invasão de Goa pela União Indiana, que deixou no terreno 3500 prisioneiros.
Para esclarecer as dúvidas que ainda permanecem sobre o período mais crítico da governação de Salazar, este relato do dia a dia de 1961 conta com uma série de depoimentos de protagonistas políticos importantes, como Adriano Moreira, Domingos Abrantes ou Jorge Sampaio; dos generais Carlos Azeredo e Chito Rodrigues; dos historiadores Irene Flunser Pimentel e Rui Ramos; dos que foram militares em África, como Jorge Jardim Gonçalves ou Otelo Saraiva de Carvalho; ou daqueles que sobre esse continente escreveram, como Lídia Jorge.
domingo, 4 de março de 2012
Porto de abrigo
quinta-feira, 1 de março de 2012
Literatura.
Há catorze anos, numa noite de Verão, no Passeio Público, em frente de duas chávenas de café, penetrados pela tristeza da grande cidade que em torno de nós cabeceava de sono ao som de um soluçante pot-pourri dos Dois Foscaris, deliberámos reagir sobre nós mesmos e acordar tudo aquilo a berros, num romance tremendo, buzinando à Baixa das alturas do Diário de Notícias. (...)
O primeiro livro deste género em Portugal - mistério e suspense, data de 1871. Surge da ideia de Eça e Ramalho de "abanarem" a cidade de Lisboa com um dos Mistérios mais incríveis de sempre. A população acreditou quando leu a primeira carta do Doutor*** no Diário de Notícias, muitos ficaram receosos de andar pelas estradas de Sintra... durante dois meses Lisboa viveu na ânsia de saber mais sobre este mistério que se inicia com um morto deitado num sofá de uma casa desconhecida.
A história cativa-nos como cativou os leitores há dois séculos atrás, se bem que nós partimos da desvantagem de saber que é um romance e não uma situação verídica, a adrenalina seria muito maior se, como outros, acreditássemos na veracidade daquelas palavras. Ainda assim, deliciamo-nos com a história de amor entre Rytmel e a Condessa W. - em certos aspectos lembrei-me várias vezes de Anna Karenina e Vronsky (embora este só tenha sido publicado em 1873, portanto, nada de confusões plagiadas!). Carmén Puebla, também ela fortemente apaixonada por Rytmel, capitão inglês que parece quebrar os corações de todas as mulheres, surge como a personagem ciumenta e é um pouco a antecipação daquilo em que a Condessa W. se virá a transformar, também ela delicerada pelos ciúmes. Uma mulher despeitada é sempre um perigo.
Mas como disse, tudo começa com um morto - razão pela qual o doutor*** e Z. são raptados por um grupo de mascarados enquanto passeiam na estrada de Sintra, pois pretendem que o doutor*** confirme a morte e as suas causas. Chegados à casa misteriosa, pois é de localização desconhecida, é-nos apresentada outra personagem que primeiro se declara o assassino e que depois nega - falamos de A.M.C. um jovem médico de Viseu que entra neste enredo de forma suspeita mas com boas intenções. É pelo Mascarado Alto que conhecemos a história entre Rytmel e a Condessa. O culpado será julgado no fim, por este grupo de homens que, afinal de contas, circulam todos no mesmo meio.
Classificação: 5/7 (Muito Bom)
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Regresso ao trabalho...
Poeminha sobre o Trabalho
Chego sempre à hora certa,
contam comigo, não falho,
pois adoro o meu emprego:
o que detesto é o trabalho.
Millôr Fernandes, in "Pif-Paf"
Após mês e meio de recuperação da cirurgia ao joelho, tudo está nos conformes.
Agradeço a todos os que estiveram sempre a meu lado, mesmo estando distantes.
Obrigado,bem hajam.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Rio..
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Mulher ...
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
literatura
Sinopse
Uma paleógrafa é brutalmente assassinada na Biblioteca Vaticana quando consultava um dos mais antigos manuscritos da Bíblia, o Codex Vaticanus. A polícia italiana convoca o célebre historiador e criptanalista português, Tomás Noronha, e mostra-lhe uma estranha mensagem deixada pelo assassino ao lado do cadáver.
A inspectora encarregada do caso é Valentina Ferro, uma beldade italiana que convence Tomás a ajuda-la no inquérito. Mas a sucessão de homicídios semelhantes noutros pontos do globo leva os dois investigadores a suspeitarem de que as vítimas estariam envolvidas em algo que as transcendia.
Na busca da solução para os crimes, Tomás e Valentina põem-se no trilho dos enigmas da Bíblia, uma demanda que os conduzirá à Terra Santa e os colocará diante do último segredo do Novo Testamento. A verdadeira identidade de Cristo.
Baseando-se em informações históricas genuínas, José Rodrigues dos Santos confirma-se nesta obra excepcional como o grande mestre do mistério. Mais do que um notável romance, O Último Segredo desvenda-nos a chave do mais desconcertante enigma das Escrituras.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
SOU INCAPAZ DE DITAR REGRAS NOS BLOGUES DAS OUTRAS PESSOAS, MAS ESTOU A TER MUITA DIFICULDADE EM COMENTAR NOS BLOGUES COM VERIFICAÇÃO DE PALAVRAS.
É QUE AGORA NO LUGAR DE UMA PALAVRA, TEM DUAS, E VÁ-SE LÁ SABER QUE LETRAS OU GATAFUNHOS SÃO AQUELES. PELO FACTO PEÇO DESCULPA.
Obs:Palavras do http://sotepeco5minutos.blogspot.com que subscrevo na íntegra.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Adormecer
Vai vida na madrugada fria.
O teu amante fica,
na posse deste momento que foi teu,
amorfo e sem limites como um anjo;
a cabeça cheia de estrelas...
Fica abraçado a esta poeira que teu pé levantou.
Fica inútil e hirto como um deus,
desfalecendo na raiva de não poder seguir-te!
Manuel da Fonseca, in "Poemas Dispersos"
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Agora que Sinto Amor...
Agora que sinto amor
Tenho interesse no que cheira.
Nunca antes me interessou que uma flor tivesse cheiro.
Agora sinto o perfume das flores como se visse uma coisa nova.
Sei bem que elas cheiravam, como sei que existia.
São coisas que se sabem por fora.
Mas agora sei com a respiração da parte de trás da cabeça.
Hoje as flores sabem-me bem num paladar que se cheira.
Hoje às vezes acordo e cheiro antes de ver.
Alberto Caeiro, in "O Pastor Amoroso"
Heterónimo de Fernando Pessoa
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Literatura.
(O ano da morte de Ricardo Reis.)
Ricardo Reis ocupava-se do ofício da medicina e do prazer da poesia. Avesso a totalitarismos, deixara Portugal fugindo da ditadura salazarista, refugiando-se no Brasil, onde algum tempo depois, instalou-se a ditadura Vargas. Isto, somado à morte de seu amigo Fernando Pessoa, fez com que retornasse a Portugal. Instalou-se num hotel e conheceu aquela que viria a ser sua musa, sua amada, Lídia. Entre lembranças e indagações, conversava com Fernando Pessoa, que volta e meia, visitava-o, mesmo morto. Ricardo Reis desfrutou do amor com uma mulher mais jovem, linda, revigorante. Ela engravidou. Ele mudou-se para uma casa; não visitava seu país, mas voltara a viver nele, um lugar que ainda tinha as marcas dos horrores despóticos. Isto era percebido nas caminhadas que realizava. Entretanto, a angústia de existir atormentava-o à exaustão. Ricardo Reis era discípulo da poesia latina, bebia na fonte de Horácio, o poeta-filósofo, e escrevia odes singulares; tinha em Fernando Pessoa um amigo e um mestre; nascera dele, fora sua criação, sua parte, seu lirismo. Sentia falta de Fernando Pessoa, porque, apesar de receber suas visitas, eram irregulares. Na última visita feita pelo mestre, conversaram como de outras vezes. Depois, Fernando Pessoa foi. Ricardo Reis foi com ele.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Amanhecer.
Quero um amanhecer em liberdade
que me liberte para amar
como o rio que corre dentro de mim
sem mágoas
no encontro com outras águas...
Um amanhecer sem cansaço
aninhar-me nos teus braços
embalado nas ondas do teu amor
descansar no teu regaço...
Quero um amanhecer para a vida
um arco íris diferente
o pólen das flores
o nosso amor
sempre presente...
Quero em cada amanhecer
renascer para a vida
onde possa ver
sentir e crer
que faz sentido
a vida ser vivida...
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Chorar de amor.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Literatura.
Uma criança desaparece. Estava à guarda do pai. O choque da notícia atira a mãe para um abismo de amnésia. Sem memória, é incapaz de chorar um filho que não sabe que tem. Como podemos continuar a viver se caminhamos vazios. E há um homem que arranja uma amante enquanto visita a mulher no hospital. Ladrões que roubam cinzas de uma morta. Há as maldades desumanas do amor, um sopro pérfido que o diabo sussurra aos ouvidos. Em fundo, a irracional violência do divórcio. A bestialidade das palavras que atiramos uns aos outros como pedras. Uma mulher que espera ainda e sempre, à janela. Porque o coração é um bicho e não ouve. E uma pergunta a que não se ousa responder: Para onde vão os amores que foram um dia?
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Distância.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
"Uma vida,duas vidas,um sorriso."
Foi durante a guerra civil na Espanha. Antoine de Saint-Exupéry, o autor de O pequeno príncipe, foi lutar ao lado dos espanhóis que preservavam a democracia. Certa feita, caiu nas mãos dos adversários. Foi preso e condenado à morte. Na noite que precedia a sua execução, conta ele que foi despido de todos os seus haveres e jogado em uma cela miserável. O guarda era muito jovem. Mas era um jovem que, por certo, já assassinara a muitos. Parecia não ter sentimentos. O semblante era frio. Vigilante, ali estava e tinha ordens para atirar para matar, em caso de fuga. Exupéry tentou uma conversa com o guarda, altas horas da madrugada. Afinal, eram suas últimas horas na face da Terra. De início, foi inútil. Contudo, quando o guarda se voltou para ele, ele sorriu. Era um sorriso que misturava pavor e ansiedade. Mas um sorriso. Sorriu e perguntou de forma tímida: - Você é pai? A resposta foi dada com um movimento de cabeça, afirmativo. Eu também, falou o prisioneiro. Só que há uma enorme diferença entre nós dois. Amanhã, a esta hora eu terei sido assassinado. Você voltará para casa e irá abraçar seu filho. Meus filhos não têm culpa da minha imprevidência. E, no entanto, não mais os abraçarei no corpo físico. Quando o dia amanhecer, eu morrerei. Na hora em que você for abraçar o seu filho, fale-lhe de amor. Diga a ele: ?Amo você. Você é a razão da minha vida.? Você é guarda. Você está ganhando dinheiro para manter a sua família, não é? O guarda continuava parado, imóvel. Parecia um cadáver que respirava. O prisioneiro concluiu: Então, leve a mensagem que eu não poderei dar ao meu filho. As lágrimas jorraram dos olhos. Ele notou que o guarda também chorava. Parecia ter despertado do seu torpor. Não disse uma única palavra. Tomou da chave mestra e abriu o cadeado externo. Com uma outra chave abriu a lingueta. Fez correr o metal enferrujado, abriu a porta da cela, deu-lhe um sinal. O condenado à morte saiu apressado, depois correu, saindo da fortaleza. O jovem soldado lhe apontou a direção das montanhas para que ele fugisse, deu-lhe as costas e voltou para dentro. O carcereiro deu-lhe a vida e, com certeza, foi condenado por ter permitido que um prisioneiro fugisse. Antoine de Saint-Exupéry retornou à França e escreveu uma página inesquecível: Uma vida, duas vidas, um sorriso. * * * Tantas vezes podemos sorrir e apresentamos a face fechada, indiferente. Entretanto, as vozes da imortalidade cantam. Deus canta em todo o universo a glória do amor. Sejamos nós aqueles que cantemos a doce melodia do amor, em todo lugar, nos corações. Hoje mais do que ontem, agora mais do que na véspera quebremos todos os impedimentos para amar.
domingo, 29 de janeiro de 2012
Para lá do horizonte
Há no céu
estrelas que brilham de alegria
luas grávidas de mulher
planetas de magia
um Sol que vagueia por onde quer...
Estrelas que iluminam
luas de encantar
pessoas cadentes que se ofuscam
Que desistem de amar...
Para lá do horizonte
há luas novas
raios de sol brilhantes
sonhos de gente
ilusão
lindas histórias de amor
há quem morra de paixão...
E...
no meu horizonte
noite de breu
não há luas
Nem estrelas
não há céu...
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Dá-me a tua mão!
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
O Amor e o Vinho...
Pense-se, por exemplo, na relação que existe entre o bebedor e o vinho. Não é verdade que o vinho oferece sempre ao bebedor a mesma satisfação tóxica, que a poesia tem comparado com frequência à satisfação erótica — comparação, de resto, aceitável do ponto de vista científico? Já alguma vez se ouviu dizer que o bebedor fosse obrigado a mudar sem descanso de bebida porque se cansaria rapidamente de uma bebida que permanecesse a mesma? Pelo contrário, a habituação estreita cada vez mais o laço entre o homem e a espécie de vinho que ele bebe. Existirá no bebedor uma necessidade de partir para um país onde o vinho seja mais caro ou o seu consumo proibido, a fim de estimular por meio de semelhantes obstáculos a sua satisfação decrescente? De modo nenhum. Basta escutarmos o que dizem os nossos grandes alcoólicos, como Bócklin, da sua relação com o vinho: evocam a harmonia mais pura e como que um modelo de casamento feliz. Porque é que a relação do amante com o seu objecto sexual será tão diferente?
Sigmund Freud, in 'Contribuições à Psicologia da Vida Amorosa (1912)'
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
mar do meu desejo...
Literatura.
Sinopse
Berlim. Década de 1920. Um cidadão, após cumprir pena durante quatro anos por assassinato, vê-se livre para começar uma nova vida. No entanto, a única convicção que Franz Biberkopf - personagem central desta obra - tem é a de se tornar e se manter decente. No início, guiado por esse forte sentimento, ele consegue andar no caminho do bem - até que algo acontece, ele não sabe dizer o quê, e sua vida acaba seguindo um rumo diferente, mais adverso.Mas "ora, Franz Biberkopf está bem de saúde, se fossem todos tão resistentes quanto ele. Nem valeria a pena narrar uma história tão longa sobre um homem, se ele nem ao menos consegue se firmar nas pernas".Berlin Alexanderplatz foi um marco da literatura expressionista alemã, em que a expressão do sentimento tem mais valor do que a razão. E o sentimento da época era o de uma nação derrotada e humilhada, o que contribuiu para que Alfred Döblin desse voz a esse desafortunado personagem.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Já passou.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Purgatório moderno.
sábado, 14 de janeiro de 2012
Novo amanhecer...
Quero um novo amanhecer
com um raiar brilhante
ver uma flor a nascer
sentir o calor do sol
no vidro da minha janela
aguardar o entardecer
partir no meu barco á vela...
Quero agarrar o Pôr do sol
para que o ocaso não aconteça
sem um ai
sem um lamento
navegar mar afora
para que o sonho permaneça
de popa ao vento...
Quero desfraldar as velas
esquecer o sabor amargo
das lágrimas do passado
sentir na minha face a brisa marinha
refrescar o amor
lavar a alma
neste imenso mar salgado...
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Literatura
A Rainha vermelha.
Sinopse
Herdeira da rosa vermelha de Lancaster, Margarida vê as suas ambições frustradas quando descobre que a mãe a quer enviar para um casamento sem amor no País de Gales. Casada com um homem que tem o dobro da sua idade, depressa enviúva, sendo mãe aos catorze anos. Margarida está determinada em fazer com que o seu filho suba ao trono da Inglaterra, sem olhar aos problemas que isso lhe possa trazer, a si, à Inglaterra e ao jovem rapaz. Ignorando herdeiros rivais e o poder desmedido da dinastia de York, dá ao filho o nome Henrique, como o rei, envia-o para o exílio, e propõe o seu casamento com a filha da sua inimiga, Isabel de York.
Acompanhando as alterações das correntes políticas, Margarida traça o seu próprio caminho com outro casamento sem amor, com alianças traiçoeiras e planos secretos. Viúva pela segunda vez, Margarida casa com o impiedoso e desleal Lorde Stanley. Acreditando que ele a vai apoiar, torna-se o cérebro de uma das maiores revoltas da época, sabendo sempre que o filho, já crescido, recrutou um exército e espera agora pela oportunidade de conquistar o prémio maior.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Sem rumo.
Sinto uma mágoa
como espinhos que se cravam
na minha pele
na minha face rola uma lágrima
que se funde no sabor
amargo-salgado
da dor...
Porque é que ao amar
se tem que chorar
sentir o gosto a fel
porque é que no amor
também se sente dor...
Sem remos
sem leme
sem rumo
arrasto-me em direcção ao vazio
sinto a tua desilusão
amor amargo-salgado
neste frágil navio
procuro a solidão.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
O Amor é Mais Forte
Os amantes de hoje preferem a droga mais leve, o tabaco mais light ou o café descafeinado. Já ninguém quer ficar pedrado de amor ou sofrer de uma overdose de paixão. As emoções fortes são fracas e as próprias fraquezas revelam-se mais fortes. Os amantes, esses, são igualmente namorados da monotonia e amigos íntimos da disciplina. O que está fora de controlo causa-lhes confusão, e afecta-lhes uma certa zona do cérebro, mas quase nunca lhes toca o coração. O amor devia ser sonhado e devia fazê-los voar; em vez disso é planeado, e quanto muito, fá-los pensar.
Sobre o amor não se tem controlo. É um sentimento que nos domina, que nos sufoca e que nos mata. Depois dá-nos um pouco vida. No amor queremos viver, mas pouco nos importa morrer e estamos sempre dispostos a ir mais além. Deixamo-nos cair em tentação, e não nos livramos do mal, embora procuremos o bem. No amor também se tem fé, mas não se conhecem orações: amamos porque cremos, porque desejamos e porque sabemos que o amor existe. Amamos sem saber se somos amados, e por isso podemos acabar desolados, isolados e deprimidos. Que se lixe! O amor não é justo, não é perfeito; no amor não se declaram sentenças nem se proferem comunicados. O amor prefere ser imprevisível, cheio de riscos e de fogo cruzado. No amor os braços não se cruzam, as palavras não se gastam e os gestos servem para o demonstrar. Amar também é lutar, e enfrentar monstros fabulosos com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de dragão. É uma ilusão, um sonho, um absurdo e uma fantasia. O amor não se entende, não se interpreta, não se discerne nem se traduz. Quem ama acredita, mas não sabe bem porquê, não sabe bem o quê, nem percebe bem como.
Rogério Fernandes, in 'Alterne Activo'
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Sonho de amor...
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Amo-te
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Literatura
Sinopse
Será que Jesus foi mesmo crucificado? Terá tudo acontecido como a Bíblia descreve?
Na noite da sua eleição para o Trono de São Pedro, o Papa Bento XVI, como todos os seus antecessores, tem de ler um documento antigo que esconde o segredo mais bem guardado da História - a Mentira Sagrada.
Em Londres, um Evangelho misterioso na posse de um milionário israelita contém informações sobre esse segredo. Se cair nas mãos erradas pode revelar ao mundo uma verdade chocante.
Rafael, um agente do Vaticano, é enviado para investigar o Evangelho… e descobre algo que pode abalar não só a sua fé mas também os pilares da Igreja Católica.
Que segredos guardará o Papa? E que verdade esconde o misterioso Evangelho?
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Voa ,mas não voes para longe ...
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
No meu sonho eu tenho o teu amor
O luar inunda o meu quarto
olho o teu retrato
ao pé da janela
dormimos no chão
eu e a lua
num sono
que me transporta aos sonhos...
Em cada sonho te amo mais
Amar-te é sonhar
Sonho para viver
e vivo para te amar...
No meu sonho eu tenho o teu amor
a Lua feiticeira
minhas mãos no teu corpo
por entre os raios do luar
o céu sem estrelas
mas o amor nunca deixa de sonhar...
"Num momento, num olhar."
"Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem."
MEC.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Tu Ensinaste-me a Fazer uma Casa
Tu ensinaste-me a fazer uma casa:
com as mãos e os beijos.
Eu morei em ti e em ti meus versos procuraram
voz e abrigo.
E em ti guardei meu fogo e meu desejo. Construí
a minha casa.
Porém não sei já das tuas mãos. Os teus lábios perderam-se
entre palavras duras e precisas
que tornaram a tua boca fria
e a minha boca triste como um cemitério de beijos.
Mas recordo a sede unindo as nossas bocas
mordendo o fruto das manhãs proibidas
quando as nossas mãos surgiam por detrás de tudo
para saudar o vento.
E vejo teu corpo perfumando a erva
e os teus cabelos soltando revoadas de pássaros
que agora se recolhem, quando a noite se move,
nesta casa de versos onde guardo o teu nome.
Joaquim Pessoa, in 'Os Olhos de Isa'
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Literatura.
Sinopse
No seu primeiro romance depois de Correcções, Jonathan Franzen dá-nos um épico contemporâneo do amor e do casamento. Liberdade capta, cómica e tragicamente, as tentações e os fardos da liberdade: a excitação da luxúria adolescente, os compromissos abalados da meia-idade, as vagas da expansão suburbana, o enorme peso do império. Ao seguir os erros e alegrias dos personagens de Liberdade, enquanto lutam para aprender a viver num mundo cada vez mais confuso, Franzen produziu um retrato inesquecível e profundamente comovente dos nossos tempos. Patty e Walter Berglund foram sempre os precursores na velha St. Paul - os aburguesados, os pais interactivos, os avant-garde da geração de alimentos biológicos. Patty era o tipo ideal de vizinha, que nos podia dizer onde reciclar as pilhas e como conseguir que a polícia local fizesse mesmo o seu trabalho. Era uma mãe invejavelmente perfeita, e a mulher dos sonhos do seu marido Walter. Juntamente com ele - advogado ambientalista, ciclista e utilizador de transportes públicos, homem de família dedicado -, Patty estava a fazer a sua pequena parte para construir um mundo melhor.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Vem ao meu encontro
Vem ao meu encontro
transforma o teu mar no meu
mistura as tuas águas nas minhas
juntos seremos um oceano de amor
e neste mar imenso
seremos apenas um só...
Navegaremos rumo ao sol nascente
e no universo do amor
transportaremos o sol pelo mar adentro
para que nos aqueça e ilumine
nas vagas da tristeza
nas marés da dor...
Vem ao meu encontro
abraça-me e sente o que tenho para te dar
um oceano de flores de todas as cores
toma o meu peito para que adormeças nos teus sonhos
para que possamos navegar
No nosso mar de amar...
Vem ao meu encontro
neste mar que cante e chora
e no marujar das ondas
atracaremos á ilha dos sonhos
nos amaremos até ao nascer da aurora...
sábado, 3 de dezembro de 2011
As tuas lágrimas.
As tuas lágrimas respiram e florescem, o lugar onde te sentas é o rio que corre em sobressalto por dentro de uma árvore, seiva renovada que transporta palavras até às folhas felizes de~um amor demorado e ainda puro. E essa ávore fala através das tuas palavras, demora-se em conversas com as abelhas, com os gaios, com o vento. As tuas lágrimas iluminam as páginas alucinadas dos livros de poesia, e as mesas claras tão cheias de frutos que se assemelham a fogueiras ruivas, alimento privilegiado de um imenso e intenso dragão que me aquece o sangue. As tuas lágrimas transbordam os grandes lagos dos meus olhos e eu choro contigo os grandes peixes da ternura, esses mesmos peixes que são os arquitectos perturbados de uma relação sem tempo mas alimentada por primaveras que de tão altas são inquestionáveis. As tuas lágrimas fertilizam as searas celestes, arrefecem o movimento dos vulcões, absorvem toda a beleza do arco-íris, embebedam-se com a doçura das estrelas. E são oferendas à mãe terra, o reconhecimento final do princípio do nosso pequeno mundo. As tuas lágrimas são minhas amigas. São as minhas lágrimas. A forma de chorar-te cheio de alegria, ferido por esta felicidade de amar-te muito, de amar-te sempre, de apascentar nas horas mais desoladas, o meu rebanho florido de azáleas brancas e vermelhas.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Passos de sedução!
terça-feira, 29 de novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
literatura.
Sobre a obra:
Um romance histórico cuja acção se desenrola durante as Invasões Francesas e que tem por protagonistas dois irmãos separados pelo mar e pela guerra. Enquanto João parte com a Corte de D. João VI para o Brasil e aí se torna oficial da Marinha (e um grande namoradeiro), Inácio abraça a causa de Napoleão e fica em Portugal, combatendo ao lado dos Franceses. A paixão por uma prima fá-lo, porém, mudar de ideias e acabar por se tornar espião ao serviço de Portugal. Muito rigoroso na descrição da estratégia militar e das batalhas das Invasões Francesas, este romance é simultaneamente realista e romântico e constitui uma narrativa aliciante dos dez anos que decorrem até ao reencontro dos irmãos.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
És Linda...
És linda. E nem sabes quantos pedaços de beleza tive de juntar para chegar a esta conclusão. Para te construir, tive de misturar a conspiração das searas com a tristeza do choupo, a inquietação da cotovia com o cheiro lavado do vento do ocidente. E a firmeza repartida dos livros, com a alegria explosiva dos miosótis e a luz escura das violetas. Juntei depois um pouco de ansiedade das estrelas, a paciência das casas à beira da falésia, a espuma da terra, o respirar do sul, as perguntas de gesso que se fazem à lua. Acrescentei-lhe a canção das margens e pequenos pedaços da angústia do olhar. Não esqueci a intimidade do frio nem a dor branca que habita o coração dos muros. Por fim, deitei na tua pele o sono dos alperces, aos teus músculos prometi a violência das cascatas, no teu sexo acordei a memória do universo.
A tua beleza está no meu desejo, nos meus olhos, na minha desigual maneira de te amar. És linda, repito. Mas tenta não encarar o que te digo como um elogio.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'