Anda vem..., porque te negas,
Carne morena, toda perfume?
Porque te calas,
Porque esmoreces,
Boca vermelha --- rosa de lume?
Se a luz do dia
Te cobre de pejo,
Esperemos a noite presos num beijo.
Dá-me o infinito gozo
De contigo adormecer
Devagarinho, sentindo
O aroma e o calor
Da tua carne, meu amor!
E ouve, mancebo alado:
Entrega-te, sê contente!
--- Nem todo o prazer
Tem vileza ou tem pecado!
Anda, vem!... Dá-me o teu corpo
Em troca dos meus desejos...
Tenho saudades da vida!
Tenho sede dos teus beijos!
António Botto
2 comentários:
Vim o mais rápido possível.
Cheguei.
Morena sardenta, perfumada e nunca me calo.
Consegui o meu melhor, dado o engarrafamento na galáxia virtual e peço desculpazinha por estragar o poema com comentário tolinho, sim!?
Ou
Excelente escolha. Gostei.
E assim.
AH, meu corpo não posso dar; é muito pequenino e podia perdê-lo todo, sem querer.
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