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domingo, 15 de março de 2009
Nunca Nos Separamos do Primeiro Amor.
Já o disse em Hiroshima Mon Amour: o que conta não é a manifestação do desejo, da tentativa amorosa. O que conta é o inferno da história única. Nada a substitui, nem uma segunda história. Nem a mentira. Nada. Quanto mais a provocamos, mais ela foge. Amar é amar alguém. Não há um múltiplo da vida que possa ser vivido. Todas as primeiras histórias de amor se quebram e depois é essa história que transportamos para as outras histórias. Quando se viveu um amor com alguém, fica-se marcado para sempre e depois transporta-se essa história de pessoa a pessoa. Nunca nos separamos dele.
Não podemos evitar a unicidade, a fidelidade, como se fôssemos, só nós, o nosso próprio cosmo. Amar toda a gente, como proclamam algumas pessoas e os cristãos, é embuste. Essas coisas não passam de mentiras. Só se ama uma pessoa de cada vez. Nunca duas ao mesmo tempo.
Marguerite Duras, in "Mundo Exterior "
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5 comentários:
O meu primeiro amor foi um carabineiro em plástico
que a minha mãe trouxe de Espanha num Agosto que já não lembro.
Sorte,á quem tivesse por primeiro amor, uma tigelinha de faisão.
«...
Começo da Primavera, colhendo vegetais;
um faisão canta
Voltam velhas memórias
A Primavera flui calmamente
as ameixeiras desabrocharam
Agora as pétalas caem misturando-se ao som de um sabiá
...»
Gosto mais assim,mais doce ,menos amarga...
Não se deixe iludir, caríssimo.
Aqui, tudo se pode construir, desde a doçura à amargura; pode vestir-se e travestir-se de múltiplas formas.
E depois, há sempre aquela frase atribuida a Proust...
e ainda, cada um só lê aquilo que é. Ninguém sabe ler o que não é.
jinhos [é beijinhos que se diz!] para si
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