Seguidores

terça-feira, 26 de maio de 2009

Corpo .




corpo
que te seja leve o peso das estrelas
e de tua boca irrompa a inocência nua
dum lírio cujo caule se estende e
ramifica para lá dos alicerces da casa

abre a janela debruça-te
deixa que o mar inunde os órgãos do corpo
espalha lume na ponta dos dedos e toca
ao de leve aquilo que deve ser preservado

mas olho para as mãos e leio
o que o vento norte escreveu sobre as dunas

levanto-me do fundo de ti humilde lama
e num soluço da respiração sei que estou vivo
sou o centro sísmico do mundo

Al Berto, in 'A Noite Progride Puxada à Sirga'

6 comentários:

r disse...

Lindoooooooooooooooooooooo!

Carmem Dalmazo disse...

Manuel... Gostei muito do poema...é bem sensível...agradável de ler...

Obrigada pelo carinho de sempre em minha página!...Fico agradecida!

Beijo e ____0____

lili laranjo disse...

MANUEL
A Amizade é isso e muito mais .É pena que muita gente não a saiba agarrar com as duas mãos...
beijos

Lucía.uy disse...

Boa noite amigo! esta semana tengo mucho trabajo!

te dejo un gran abrazo

Leonor Varela disse...

Sonho, a gente só se dá
conta dele depois que acorda,
depois que ele acabou…
E fica aquela vontade
na gente de sonhar
bons sonhos
beijinhos

Anónimo disse...

Boa escolha este belissímo poena de Al Berto!

Obrigada por o partilhares...

Beijos.