O PAI DE DOM MIGUEL
O erário público pagava a um Apontador para apontar as datas do acasalamento real, mas ele tinha pouco trabalho. Isso não impedia D. Carlota Joaquina de ter filhos com regularidade e, ao mesmo tempo, advogar inocência e dizer que era fiel a D. João VI, gerando assim filhos de imaculada Conceição!
No caso de D. Miguel, havia cerca de 2 anos que D. João VI não acasalava com a sua mãe. Mas uma coisa é saber-se que não era pai, outra é dizer quem era o pai, porque D. Carlota Joaquina não era fiel nem ao marido nem aos amantes!
Apesar de incerto, apontaram para o 6º Marquês de Marialva, D. Pedro José Joaquim Vito de Meneses Coutinho, por estar na lista daqueles a quem a rainha dava favores nocturnos e, por vezes, diurnos.
A dar substância a esta especulação está o facto de D. Miguel gostar de tourear (como todas as coisas tradicionais, dado ser avesso a tudo o que era novo), o Marquês ser o último de uma linhagem de toureiros e o seu avô, D. Pedro de Alcântara de Meneses, ter sido autor de um sistema de equitação taurina que cobrou o nome de Marialva!
Outros pais possíveis, na lista de Laura Permon, mulher do embaixador Junot em Portugal, são, segundo uns, um moço da cavalariça da rainha e segundo outros, um médico de Lisboa.
1 comentário:
Promiscuidade real, portanto.
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