Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revôlta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
António Gedeão.
15 comentários:
«O que importa é partir, não é chegar.»
tenho um amigo (um grande amigo) que diz que importa, também, o prazer que se tira do caminho. bem, é discutível, tratando-se duma viagem de barco, o prazer não será muito; na TAP, a coisa, também não é muito agradável. ... atrasos e assim. na CP é uma desgraça... melhor ir a pé.
Se não souber-mos para onde vamos, todos os caminhos nos levam a lugar nenhum .
isso, já não é uma questão de agradabilidade ou não agradabilidade. é falta de orientação.
orientemo-nos, sejamos os vivos construtores de caminhos
auxiliares:
http://www.cienciaviva.pt/equinocio/index.asp
Navegar, navegar... Quem +e mesmo que canta isto?
Fausto? Talvez?
é o lindinho do caetano.
diga: Caiatano
penso eu de que.
Entre o chegar e o partir está o caminho. Por vezes sem ilusões. Na maioria das vezes rochoso... com pedras, estão a ver?
Com pedras?
Isso é do caraças, dá cabo dos saltos dos sapatos e das botas.
Nem imaginas como tenho os pés por ter percorrido as ruas do Fx...
Mas fui e cheguei. Não tirei grande prazer do caminho, disso tenho a certeza, mas é um caminho que talvez leve a algum lugar...
Já agora (isto era para outro poste, talvez noutro blogue, mas acho que fica aqui muito bem) deixa lá o puto ter o Magalhães... já viste o que lhe aconteceu quando se meteu a caminho?
Apetece-me chatear alguém.
Um dó li tá.... calhou o blogue do manuel marques. Ele está a dormir, nem incomodamos muito.
nem pensar, ora, disse logo que aquilo não vale o guito. como ela não liga nenhuma ao que digo, é bem capaz de comprar o computador ao puto.
a propósito, o arranjo só custou 75 €, nem queiras saber o que era, melhor nem dizer.
Caríssimo manuelmarques! Obrigada. É um dos meus poemas preferidos.
ainda assim, cara amiga, usa o teu, somente em cima e superfícies planas e bem limpas. diz qu'os gajos (os portáteis) aspiram tudo e eu que pensava que só tinha o antigo aspirador da nossa estimada amiga.
pena que não cozinham.
Enquanto o caríssimo dorme, pomos a conversa em dia. Então os portáteis comem?
Ideia engraçada! Mas afinal onde andaste tu com ele? Que lhe deste que não fez a digestão?
O meu (que tive de aderir à política do Sócrates e "pedir" um e escolas) por enquanto dorme quase sempre nas minhas pernas. Mas quem sabe o que elas lhe oferecem...
ai dorme nas tuas pernas.
caríssima, 'tás lixada, ficas sem ele não tarda.
exactiqual, superficie plana e limpa. nada de pernas, mesmo limpas.
disse-me o tratador de portáteis com doença crónica.
Estou feita...
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