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domingo, 19 de abril de 2009
Caderno bom.
Caderno bom que abriga minhas linhas
És como o tom que musica as sonoras trilhas
Com cujo som se harmoniza o pensamento
E as lembranças dão-se vivas no momento
Escrevo em ti; boto a fora maravilhas
Me torno inteiro; mais que outrora: muitas ilhas.
Com muito esmero
Te organizo as palavras
Estas quais não verbalizo
Desabafo em conto as lágrimas
Escorro em teu corpo liso.
Estranho se não correspondes
Com o nível da caneta
Ao expor na tua fronte
O que vejo com a luneta
O que vejo de outro canto
De frente, diante, de cima, de lado
Olheiro esquisito, caderno bonito
O olhar pelo avesso não chega atrasado.
Dudu Gemmal
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5 comentários:
O bom e velho amigo das palavras e que foi trocado pelo teclado!
Beijinho pra ti
Tenho dois: um preto que se fecha com elástico (tb preto), comprado na Natura [terá sido cozido por crianças e/ou adultos muito pobres, muito pobres mesmo. Eu devia sentir-me envergonhada por comprar produtos na Natura], de folhas brancas e outro pautado, capa a preto onde se lê: ESPRIT em prateado. Nunca escrevo [para o blog, claro] directamente no computador.
Não sei se são cadernos bons. São cadernos.
Eu penso que o caderno terá sido
cosido
mas estou a pensar, talvez, cozê-lo.
Depois lhe direi...
Lol
EU COZIA BATATAS, E COSIA O CADERNO SE FOSSE MEU, TÁ?
Cousas normais, dão-me urticária nos neurotransmissores, ok? Daí que tenha cozido o caderno, ficou intragável...
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