Fui sabendo de mim
por aquilo que perdia
pedaços que saíram de mim
com o mistério de serem poucos
e valerem só quando os perdia
fui ficando
por umbrais
aquém do passo
que nunca ousei
eu vi
a árvore morta
e soube que mentia
Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"
2 comentários:
"O poeta é um fingidor..."
E quantas vezes a gente se engana também.
Sempre esta variedade e este bom gosto na escolha de seus poemas.
Beijos querido
Querido Amigo (agora já me atrevo)!!
Parece que leu os meus pensamentos...esta esra a imagem que queria colocar no meu último post...os das estrelas e da criança que as contempla, mas ainda não domino as técnicas de colocação de imagens...
Gostei imenso de a ver aqui e claro que adorei o poema. Mia Couto diz muito em tão poucas palavras e é também um fazedor de palavras...
Só um p.s à laia de explicação terminei esta semana as mudanças...tive de fazer um intervalo na leitura e na escrita...
Agora já o posso visitar mais vezes. É tão agradável passear por esta vila poema...
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