
Abri as janelas
que havia dentro de ti
e entrei abandonado
nos teus braços generosos.
Senti dentro de mim
o tempo a criar silêncio
para te beber altiva e plena.
Mil vezes
repeti teu nome,
mil vezes,
de forma aveludada
e era a chave
que se expunha
e fecundava dentro de mim.
Já não se sonha,
deixei de sonhar,
o sonho é poeira dos tempos
é a voz da extensão
é a voz da pureza
que dardejava na nossa doçura.
Quando abri as tuas janelas
e despi teus braços
perdi a vaidade
e a pressa,
amei a partida
e em silêncio abri,
(sem saber que abria)
uma noite húmida
em combustão secreta
desmaiado no teu ombro
de afrodite.
Carlos Melo Santos, in "Lavra de Amor"
3 comentários:
Amigo, como o seu blog para mim é local especial, deixei um presentinho para si, lá no meu cantinho. Espero que goste.
Tenha uma boa semana
Bjs do tamanho do infinito
Maria
Meu amigo
Lindo poema.
Deixo um beijinho
Sonhadora
Manuel
Meu amigo..
Mãe é nome muito sublime e muito nobre.Este dia é sempre muito Especial,
Para ti um beijo de carinho.
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