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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Janela do Sonho




Abri as janelas
que havia dentro de ti
e entrei abandonado
nos teus braços generosos.

Senti dentro de mim
o tempo a criar silêncio
para te beber altiva e plena.

Mil vezes
repeti teu nome,
mil vezes,
de forma aveludada
e era a chave
que se expunha
e fecundava dentro de mim.

Já não se sonha,
deixei de sonhar,
o sonho é poeira dos tempos
é a voz da extensão
é a voz da pureza
que dardejava na nossa doçura.

Quando abri as tuas janelas
e despi teus braços
perdi a vaidade
e a pressa,
amei a partida
e em silêncio abri,
(sem saber que abria)
uma noite húmida
em combustão secreta
desmaiado no teu ombro
de afrodite.

Carlos Melo Santos, in "Lavra de Amor"

5 comentários:

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

manuel marques , agradeço sua visita e aqui leio belos versos postado, adorei,
UM FELIZ DIA DAS MÃES,
pois todos aqui estamos porque temos ou tivemos uma mãe,
com afeto,
Efigênia Coutinho
New York

Glorinha L de Lion disse...

Eu quero uma janela assim...pra sonhar...beijos amigo

Regina Rozenbaum disse...

Linduuuu dimaiiisss!!! "Quando abri as tuas janelas e despi teus braços perdi a vaidade e a pressa..."
Beijuuss n.c.

www.toforatodentro.blogspot.com

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido Manuel
Lindissimo poema...uma bela escolha

deixo um beijinho
Sonhadora

angela disse...

Lindo poema, sempre o bom gosto impera por aqui.
beijos