Amo-te no intenso tráfego
Com toda a poluição no sangue.
Exponho-te a vontade
O lugar que só respira na tua boca
Ó verbo que amo como a pronúncia
Da mãe, do amigo, do poema
Em pensamento.
Com todas as ideias da minha cabeça ponho-me no silêncio
Dos teus lábios.
Molda-me a partir do céu da tua boca
Porque pressinto que posso ouvir-te
No firmamento.
Daniel Faria, in "Dos Líquidos"
13 comentários:
Manuel...
Já disse no post anterior, como gosto de vir aqui.
Lindo poema.
Abraços de uma brasileira.
Franca/ SP/ Brasil.
Lindo, lindo este poema.
Un beijo
Flor
olá.
o amor não tem limites, este sentimento lindo acontece em qualquer lugar...
e sim se estamos em total sintonia podemos ouvir o firmamento, e o eco deste amor em qualquer parte d'ele.
beijo
Tô ficando doidinha com tantas formas de amar e de AMOR...afff "Amo-te no intenso tráfego...Porque pressinto que posso ouvir-te
No firmamento."
Beijuuss n.c.
Rê
www.toforatodentro.blogspot.com
Sabes escolher com maetria os lindos poemas que posta aqui.
é de um prazer imensúrável ler algo tão belo!
Bjs
Interessante poema.
beijos
Oiee,lindo poema, assim como tudo que escreves, parabéns!
Beijos em seu coração.
Esse é um amor que transcende ,
que se expande,
que vara os portais dos Céus.
Que é infinito de tanto Amor!
Beijos no teu coração, amigo querido!
Profundo e maravilhoso. Obrigada pela visita no meu blog. Sinto imensa alegria em visitar-me. Abraços criativos
Olá Manuel
Fiquei muito contente de encontrar aqui um poema do Daniel Faria.
Dele, o meu preferido é este:
As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões
As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões
E muitas transformam-se em árvores cheias de ninhos - digo,
As mulheres - ainda que as casas apresentem os telhados inclinados
Ao peso dos pássaros que se abrigam.
É à janela dos filhos que as mulheres respiram
Sentadas nos degraus olhando para eles e muitas
Transformam-se em escadas
Muitas mulheres transformam-se em paisagens
Em árvores cheias de crianças trepando que se penduram
Nos ramos - no pescoço das mães - ainda que as árvores irradiem
Cheias de rebentos
As mulheres aspiram para dentro
E geram continuamente. Transformam-se em pomares.
Elas arrumam a casa
Elas põem a mesa
Ao redor do coração.
Daniel Faria
de Homens Que São Como Lugares Mal Situados (1998)
Já viu, esta maravilha?
Como mulher que sou...tenho-o sempre presente.
Um beijo e um bom fim de semana
viviana
Que lindo!
Adorei!
Feliz dia pra você!
Beijos
Lia
Blog Reticências...
[tão grande a minha ignorância, quando "contemplo" as letras de Daniel Faria e tenho que dizer: "até agora, só o li na net"... é! muitos são os preços, e o mais da vezes demasiado elevados, de viver no interior dum país, que só é pobre quando olha de lado e desdenha dos que teimam em não vegetar nas grandes cidades...]
um imenso abraço, Amigo Manuel
Leonardo B.
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