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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Amo-te no Intenso Tráfego



Amo-te no intenso tráfego
Com toda a poluição no sangue.
Exponho-te a vontade
O lugar que só respira na tua boca
Ó verbo que amo como a pronúncia
Da mãe, do amigo, do poema
Em pensamento.
Com todas as ideias da minha cabeça ponho-me no silêncio
Dos teus lábios.
Molda-me a partir do céu da tua boca
Porque pressinto que posso ouvir-te
No firmamento.

Daniel Faria, in "Dos Líquidos"

13 comentários:

Unknown disse...

Manuel...

Já disse no post anterior, como gosto de vir aqui.
Lindo poema.


Abraços de uma brasileira.
Franca/ SP/ Brasil.

Flor disse...

Lindo, lindo este poema.

Un beijo
Flor

Rosan disse...

olá.
o amor não tem limites, este sentimento lindo acontece em qualquer lugar...
e sim se estamos em total sintonia podemos ouvir o firmamento, e o eco deste amor em qualquer parte d'ele.

beijo

Regina Rozenbaum disse...

Tô ficando doidinha com tantas formas de amar e de AMOR...afff "Amo-te no intenso tráfego...Porque pressinto que posso ouvir-te
No firmamento."
Beijuuss n.c.

www.toforatodentro.blogspot.com

Ava disse...

Sabes escolher com maetria os lindos poemas que posta aqui.
é de um prazer imensúrável ler algo tão belo!

Bjs

angela disse...

Interessante poema.
beijos

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rosane Marega disse...

Oiee,lindo poema, assim como tudo que escreves, parabéns!
Beijos em seu coração.

Maria Izabel Viegas disse...

Esse é um amor que transcende ,
que se expande,
que vara os portais dos Céus.
Que é infinito de tanto Amor!

Beijos no teu coração, amigo querido!

o mar e a brisa do prazer de aprender disse...

Profundo e maravilhoso. Obrigada pela visita no meu blog. Sinto imensa alegria em visitar-me. Abraços criativos

Viviana disse...

Olá Manuel

Fiquei muito contente de encontrar aqui um poema do Daniel Faria.


Dele, o meu preferido é este:

As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões

As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões
E muitas transformam-se em árvores cheias de ninhos - digo,
As mulheres - ainda que as casas apresentem os telhados inclinados
Ao peso dos pássaros que se abrigam.

É à janela dos filhos que as mulheres respiram
Sentadas nos degraus olhando para eles e muitas
Transformam-se em escadas

Muitas mulheres transformam-se em paisagens
Em árvores cheias de crianças trepando que se penduram
Nos ramos - no pescoço das mães - ainda que as árvores irradiem
Cheias de rebentos

As mulheres aspiram para dentro
E geram continuamente. Transformam-se em pomares.
Elas arrumam a casa
Elas põem a mesa
Ao redor do coração.

Daniel Faria
de Homens Que São Como Lugares Mal Situados (1998)

Já viu, esta maravilha?

Como mulher que sou...tenho-o sempre presente.

Um beijo e um bom fim de semana

viviana

Unknown disse...

Que lindo!

Adorei!

Feliz dia pra você!

Beijos
Lia

Blog Reticências...

João A. Quadrado disse...

[tão grande a minha ignorância, quando "contemplo" as letras de Daniel Faria e tenho que dizer: "até agora, só o li na net"... é! muitos são os preços, e o mais da vezes demasiado elevados, de viver no interior dum país, que só é pobre quando olha de lado e desdenha dos que teimam em não vegetar nas grandes cidades...]

um imenso abraço, Amigo Manuel

Leonardo B.