Demorei-me muito tempo ao pé de ti.
As portas fechadas por dentro, como se encerrasses
o amor e a lei. Demorei-me demais. Ao fim da tarde,
nesse mesmo dia que já morreu,
olhámo-nos devagar, mas distraídos. Diria até que anoiteceu.
Nunca falámos do amor que chega tarde.
Nem o interpelámos (como se já não pudesse
ter nome). Fingia ter esquecido o teu corpo
nas muralhas. Nas areias.
Vês aqui alguma figura? Ninguém vê.
Repara no ponto preto que alastra na margem do quadro,
nas minhas lágrimas desse tempo.
Relê.
Luis Filipe Castro Mendes
3 comentários:
-NÃO VENHAS TARDE, DIZES-ME TÚ DA JANELA,
E EU CHEGO SEMPRE MAIS TARDE, PORQUE NÃO SEI FUGIR D"ELA;
TÚ SABES BEM,
QUE VOU P"RA OUTRA MULHER,
QUE ELA ME PEDE TAMBEM,
E EU SÓ FAÇO, O QUE ELA QUER!
-SEM AZEDUME, EU CONFESSO TENHO MEDO,
QUE TÚ ME PEÇAS UM DIA, MEU AMOR NÃO VENHAS CEDO...
-PENSO QUE ESTE POEMA,
FAZ JÚS À DECLAMAÇÃO DA ALMA,
QUE SE LÊ NESTE POOST.
BEIJINHO.
Tem amores que são tristes...
Um beijo para você
Olá querido Amigo...
Também as minhas lágrimas já estão longe de qualquer janela...já não se vêemm..acho que já posso dizer que já não existem. Se secaram a minha alma... ela teve a capacidade de se refazer.
Hoje tenho pena de dizer que demorei tempo demais perto dele...
Mas como diz o poema, que é belo e já o guardei..., esse dia já morreu... ( aproveitamento literário...e interpretação por adequação)
Obrigada por este magnífico poema. Um beijo.
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