Estou à beira do mar,
estou à beira de ti.
Ardem no meu olhar
os sonhos que não vi.
Tudo em nós foi naufrágio,
não quisemos saber:
fizemos nosso adágio
do que não pôde ser.
Que resta do amor
a quem é como nós?
Envergonha-me pôr
em verso: «somos sós;
sós como amanhecer
às avessas do mundo;
sós como podem ser
as areias no fundo;
somos sós e sabê-lo
é negar o pronome
que de nós fez novelo
e por nós se consome».
Luis Filipe Castro Mendes,
1 comentário:
Gostei muto deste poema...
nada mais tenho a dizer.
Claro que falta falar no bom gosto de quem o escolheu, mas tal é já por demais evidente...
Um abraço amigo ( será que podemos falar de amigos, depois da prosa da Rosa).
Eu sinto como uma óptima pessoa... não devo estar muito enganada...
por isso continuo com o meu atrevimento...Abraço amigo, querido Manuel...
BOm fim de semana
Amanhã vou de férias...und dias sem pc...
mas só uns dias...
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