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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Era a mulher.


— A mulher nua e bela,
Sem a impostura inútil do vestido
Era a mulher, cantando ao meu ouvido,
Como se a luz se resumisse nela...
Mulher de seios duros e pequenos
Com uma flor a abrir em cada peito.
Era a mulher com bíblicos acenos
E cada qual para os meus dedos feito.
Era o seu corpo — a sua carne toda.
Era o seu porte, o seu olhar, seus braços:
Luar de noite e manancial de boda,
Boca vermelha de sorrisos lassos.
Era a mulher — a fonte permitida
Por Deus, pelos Poetas, pelo mundo...
Era a mulher e o seu amor fecundo
Dando a nós, homens, o direito à vida!

Pedro Homem de Mello, in "Miserere"

2 comentários:

Ângela disse...

Olá Manuel!!!
Lindo poema este que acabo de ler,
É a mulher, sempre, dando voz aos Poetas.
Abraço, amigo,
Ângela

Anónimo disse...

-MARIANA VAI P"RA FONTE,VAI A DESCER O BALCÃO.
LEVA O CÂNTARO SEM NADA,
LEVA CHEIO O CORAÇÃO.


CONTAM AS PEDRAS LIMADAS,
UMA HISTÓRIA TÃO SENTIDA!
AI, PEDRAS QUE DESCOBRIS
SEGREDOS DA MINHA VIDA.


MINHA AVÓ QUE DEUS LÁ GUARDE,
MUITA VEZ A VIRAM ESTAR,
SENTADINHA NO BALCÃO,
NA SUA ROCA A FIAR.

BJO- DE COIMBRA.