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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Hora Mística .




Noite caindo ... Céu de fogo e flores.
Voz de Crepúsculo exalando cores,
O céu vai cheio de Deus e de harmonia.
Silêncio ... Eis-me rezando aos fins do dia.

Névoa de luz criando imagens na água,
Nome das águas esculpindo os céus,
Tarde aos relevos húmidos de frágua,
Boca da noite, eis-me rezando a Deus.

Eis-me entoando, a voz de cinza e ouro,
— Oh, cores na água vindo às mãos em branco! —
Minha ópera de Sol ao último arranco.

E, oh! hora mística em que o olhar abraso,
— Sol expirando aos Pórticos do Ocaso! —
Dobra em meu peito um oceano em coro.

Afonso Duarte, in "Tragédia do Sol-Posto

2 comentários:

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

manuel augusto de jesus marques

"Hora Mística ."
E, oh! hora mística em que o olhar abraso,
— Sol expirando aos Pórticos do Ocaso! —
Dobra em meu peito um oceano em coro.
Afonso Duarte, in "Tragédia do Sol-Posto


LINDO!>>>

BELA POSTAGEM DESTE GRANDE SONETO,
Efigênia Coutinho

conduarte disse...

Lindo o que podemos fazer com as palavras....
beijos, CON