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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Nossa Sensibilidade .



Sofremos mais hoje que as gerações passadas porque o estímulo da maquinaria, da multidão, da coisa impressa e do barulho desgastou os tecidos protectores dos nossos nervos. Há compensações: esta sensibilidade em carne viva ergue-nos a uma subtileza de percepção e de coordenação nervosa e muscular que somos capazes de fazer coisas absolutamente impossíveis aos homens primitivos e mesmo aos medievais. Ficamos na situação dos músicos, cujos "ouvidos educados" os fazem sofrer com todos os sons que não sejam harmónicos: esses músicos pagam o crime da sensibilidade excessiva e possuem os defeitos das suas virtudes. Mas pensam lá eles em perder tais dons em troca de se livrarem dos sofrimentos consequentes? Não há homem moderno que queira desistir de uma sensibilidade que, se puplica o sofrimento, também multiplica os prazeres.

Will Durant, in "Filosofia da Vida"

2 comentários:

r disse...

Discutível, completo de afirmações muito discutíveis...

i) Não sei se a nossa sensibilidade é, hoje, em carne viva; não compreendo bem o que o autor quer significar

ii) Tenho sérias dúvidas que estejamos a viver uma «sensibilidade excessiva»

iii) Por outro lado, ainda há, parece-me, quem não ouse por receio de consequentes sofrimentos. O que mais há é gente que faz parte e não... participa.

iv) Qual prazer? O que é (será) o prazer para o tal «homem moderno»?

Se fosse "Filosofia do Futebol", sempre era mais fácil a resposta.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.