Escrevo para sentir nas veias
o voo da pedra.
Antecipação da paz
neste país de granadas
moldadas
no silêncio dos frutos.
Escrevo como quem escava
no bojo da sombra
um mar de claridade.
Pedras vivas de possibilidade
as palavras levantam
o crime, os pássaros do pântano
Escrevo
no grande espaço obscuro
que somos e nos inunda.
Casimiro de Brito, in "Jardins de Guerra"
5 comentários:
Magnifico. Esse e o nosso oficio!
O OFÍCIO.
MAS TAMBEM NOS LEMBRA, O SANTO OFÍCIO, E A CANETA NESSA ALTURA REPRESENTAVA BEM O TRISTE RASCUNHO,
ASSIM, COMO É BOM O COMPUTADOR,ESSE NÃO NOS LEMBRA NADA TRISTE, ANTES PELO CONTRÁRIO, ENCURTA TEMPO E ESPAÇO, E ARRANJA SEM RISCAR, GRANDES E FORTES AMIZADES, EMBORA PLATÓNICAS.
BEIJINHO
UMA SANTA NOITE, CHEIA DE BONS SONHOS.
LINDISSIMO ! Obrigado pela visita quanto ao Funchal esta tudo mudado para melhor,bjs e Bom Domingo
Muito preciso no sentido de escrever.
beijos
Passei aqui para agradecer teu carinho e dizer que achei lindo este poema...
Grande abraço!
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